
Filmes Selecionados
Urbano, Gênero e mobilidades
Metroréquiem
Direção: Adalberto Oliveira
Duração: 70′
Duração: 12’25”
Brasil, 2020.

Sinopse: O cotidiano no metrô do Recife retrata as mais diversas e diferentes camadas sociais, mas o corpo que cai é sempre o marginal.
No Rastro das Cargueiras
Direção: Carol Matias
Duração: 70′
Brasil, 2020.

Sinopse: Sinopse: Dona Caçula atravessa a cidade equilibrando pilhas de metal e plástico em cima da sua cargueira. Essas bicicletas de carga adaptadas por ela e outros catadores cearenses revertem o “lixo rico” de Brasília em oportunidade de reciclagem popular, autônoma e limpa, tentando abrir caminho para uma vida melhor na capital brasileira. “No rastro das cargueiras” apresenta as técnicas, as paisagens e as histórias de um grupo de catadores-ciclistas no contra fluxo do consumo urbano e em luta pelo direito à cidade.
Rosas do Asfalto
Direção: Daiane Cortes
Duração: 19′ 49″
Brasil, 2020.

Sinopse: Rosas do Asfalto traz o relato humanizado de pessoas da terceira idade que vivem do trabalho sexual. No filme, cinco mulheres e uma travesti contam suas histórias de violência, abandono, preconceito e superação. o trabalho, que não tem dia nem horário, garante o sustento de filhos, netos e bisnetos. Como é envelhecer no mercado sexual, onde o corpo é a moeda de troca? Rosas do Asfalto abordo esse e outros desafios da idade.
Não deixe que as cores te ceguem
Direção: Karol Saldanha e Marcelo Martins Santiago
Duração: 19′
Brasil, 2020.

Sinopse: O grafiteiro, Leandro Tick, nos insere no universo particular de seu grafite. Fala sobre o fazer artístico como discurso político-social e das dificuldades do artista dentro do mercado de consumo. Inspirado na realidade que o rodeia, e na profissão de seu pai que é pedreiro, Leandro retrata sua ligação com a favela e a cidade, e expõe suas angústias e aspirações da vida. Em paralelo, acompanhamos ao longo de um dia, a elaboração de um grafite feito em um muro.
Trans Nômade – A viagem da minha vida
Direção: Rossana Fraga
Duração: 46‘
Brasil, 2021.

Sinopse: O documentário “Trans Nômade – a viagem da minha vida” conta sobre o projeto de viagens, pela América do Sul, de uma mochileira trans negra. A história entrelaça pautas do cotidiano trans e lgbtqi com a sociedade e o espaço público, trazendo questões como transicionamento e família, identidade de gênero, passabilidade, preconceitos, uso do nome social e mercado de trabalho. O filme conta sobre o percurso de um corpo oprimido e as formas de expressão que encontrou para se colocar no mundo. (2021).
MINKA DE LA MEMORIA
Direção: Luis Cintora
Duração: 04’49”
Peru, 2019.

Sinopse: ANFASEP (la Asociación de Familiares de Secuestrados, Detenidos y Desaparecidos del Perú) organiza una minka en el terreno de La Hoyada de Ayacucho, donde cientos de civiles fueron ejecutados extrajudicialmente y enterrados en fosas clandestinas o cremados por miembros del Ejército peruano en los años ochenta.
Seremos Ouvidas
Direção: Larissa Nepomuceno
Duração: 12’55”
Brasil, 2020.

Sinopse: Como existir em uma estrutura sexista e ouvinte? Gabriela, Celma e Klicia, três mulheres surdas com realidades diferentes, compartilham suas lutas e trajetórias no movimento feminista surdo.
Mamapara
Direção: Alberto Flores Vilca
Duração: 17‘
Argentina, 2020.

Sinopse: No altiplano peruano, Honorata Vilca, uma senhora analfabeta de ascendência quíchua, mora com seu cão e se dedica à venda de doces. Quando começa a estação das chuvas, ela relata passagens de sua vida, até que, em uma tarde, algo fatal acontece que parece fazer o próprio céu chorar.
Quando o amanhã chegar
Direção: Marcelo Mendes Gomes, Caio da Rocha
Duração: 9‘
Brasil, 2020.

Sinopse: Descubra o passado, analise o presente e reflita sobre o futuro, de um bairro industrial no interior de Minas Gerais.
Tinta neles!
Direção: Renan Dias
Duração: 14‘
Brasil, 2021.

Sinopse: O filme “Tinta neles!” é uma etnobiografia baseada em produção transmídia, misturando podcast, fotografia e imagens em movimento. Tiaguim Tavares é o protagonista do filme. Sua trajetória na arte do grafite é contada no podcast do Movimento Social FOME, coletivo de jovens que ele está engajado, que trata da comunicação comunitária. O FOME é um coletivo de jovens moradores de bairros periféricos pobres de Sobral, cidade brasileira do estado do Ceará, que promovem atividades culturais, de forma a fomentar a reflexão e engajamento da comunidade para se pensar em um mundo melhor. Aproveita-se a fala de Tiaguim e, a partir de acervo existente no Laboratório das Memórias e das Práticas Cotidianas – LABOME, da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, se faz um experimento visual de como a narrativa poderia afetar a quem assiste, articulado a gravação de podcast, a fotografia e a imagem em movimento, contando vivências sobre a arte do grafite e da mobilização popular, a partir de uma trajetória individual.
Rio-Necrópole
Direção: Desirèe Vacques,Gabriela Moussa,João Pedro Pina e Rafael Amorim
Duração: 06’14”
Brasil, 2020.

Sinopse: Quais memórias foram enterradas no mapa? Quando o passeio pela rua é proibido pela pandemia, nos resta vagar pelas cartografias digitais de uma cidade que venera artistas e heróis e apaga os rostos de sua gente. Na deriva subterrânea, o mapa revela seu passado e anuncia seu futuro. É cíclico.
Indígenas, quilombolas, territórios
Yaõkwa, imagem e memória
Direção: Olivia Sabino
Duração: 21‘”
Brasil, 2020.

Sinopse: O Vídeo nas Aldeias realizou com os índios Enawenê Nawê, durante quinze anos, extensos registros do Yaõkwa, seu mais longo ritual, em que os mestres de cerimônia puxam, durante sete meses, uma miríade de cantos, afim de manter o equilíbrio do mundo terreno como mundo espiritual. Neste filme, outros quinze anos mais tarde, os Enawenê Nawê reencontram essas imagens e, com elas, parentes falecidos, costumes que caíram em desuso e preciosos cantos rituais.
Senha:
Tupinambá subiu a serra
Direção: Mário Cabral, Daniel Neves
Duração: 16‘
Brasil, 2020.

Sinopse: Contam uma história: de que os portugueses chegaram no Brasil e dizimaram um povo chamado Tupinambá. Esse povo, dizem, foi totalmente eliminado, restando apenas documentos que descrevem seus costumes. O que os historiadores não contavam é que o povo Tupinambá “subiu a serra”, embrenhando – se na mata e fugindo da perseguição colonial. Atualmente, na luta pela demarcação da terra de Olivença, Bahia, os Tupinambás lutam pelo reconhecimento étnico e territorial.
Ava Kuña, Aty Kuña; mulher indígena, mulher política
Direção: Julia Coimbra Martin
Duração: 25‘
Brasil, 2020.

Sinopse: Ava Kuña, Aty Kuña; mulher indígena, mulher política é uma abordagem poética da resiliência política das mulheres indígenas brasileiras. Um registro da Grandre Assembléia de Mulheres Guarani Kaiowá, a Kuñangue Aty Guasu, que destaca a articulação e a luta das mulheres indígenas contra o patriarcado, o racismo e ascensão do capital transnacional que, por meio de transgênicos e poluição, põe em risco o futuro das comunidades indígenas.
Nũhũ Yãg Mũ Yõg Hãm: Essa Terra É Nossa!
Direção: Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu e Roberto Romero
Duração: 70‘
Brasil, 2020.

Sinopse: Antigamente, os brancos não existiam e nós vivíamos caçando com os nossos espíritos yãmĩyxop. Mas os brancos vieram, derrubaram as matas, secaram os rios e espantaram os bichos para longe. Hoje, as nossas árvores compridas acabaram, os brancos nos cercaram e a nossa terra é pequenininha. Mas os nossos yãmĩyxop são muito fortes e nos ensinaram as histórias e os cantos dos antigos que andaram por aqui.
Tapajós: uma breve história da transformação de um rio
Direção: Alan Schvarsberg e Cícero Fraga
Duração: 14’51”
Brasil, 2021.

Sinopse: Moradores de Miritituba, uma pequena vila no coração da Amazônia, lutam para sobreviver em meio aos grandes portos de exportação de soja.
Um Tambor pra Mata
Direção: Alessandro Campos
Duração: 34‘
Brasil, 2021.

Sinopse: O Filme Etnográfico/documentário passeia pelo mundo profano e sagrado da Religião de Matriz Africana Tambor de Mina. Tenta mostrar de forma sensível e respeitosa todo o processo necessário para a utilização do instrumento musical mais importante nos rituais desta religião: o tambor. No filme, percorremos o caminho de seu nascimento desde o mundo físico, sua fabricação numa oficina a base de ferro, fogo, couro e plástico, até sua transformação em uma entidade viva que merece toda reverência, num ritual elaborado e sagrado de seu batizado. “Um filme poético, uma viagem interior, uma viagem ao mundo sagrado com palavras, olhares e gestos. Tudo é cuidadosamente observado, registrado, explicado … Estamos com Alessandro, quando olha, quando toca na mão da Mãe de Santo. Nossos cinco sentidos seguem os cinco sentidos de Alessandro, sentimos o cheiro, ouvimos a melodia, provamos o vinho, tocamos a força de sua mão. O ritmo do filme, o respeito do realizador pelo andamento da cerimônia conquistam-nos. Aos poucos, vai crescendo e vamos entrando nele. Quando estamos na cerimônia, não queremos mais sair. O filme nos leva tanto que queremos ficar lá. Um filme etnográfico, mas também um filme para o grande público que nos convida a uma viagem interior e exterior. Uma viagem que termina com um lindo presente, levamos conosco a melodia e os ritmos da cerimônia …”
Mina Rad (Cineasta)
No Tempo de Outrora – Histórias de Quilombo
Direção: Luisa Godoy Pitanga
Duração: 29’02”
Brasil, 2021.

Sinopse: Memórias de um tempo de outrora. Uma mensagem para os mais jovens enviada pelos mais velhos de duas comunidades quilombolas do Médio Rio São Francisco, no Sertão da Bahia.
àprova
Direção: Natasha Rodrigues
Duração: 15’53”
Brasil, 2020.

Sinopse: A conquista da aprovação das cotas étnico-raciais na Unicamp ocorreu em 2017, devido à mobilização de centenas de pessoas de dentro e fora da instituição. Entre os vazios da universidade e o brado tempestuoso da luta pelas cotas, o documentário-ensaio àprova apresenta as vozes de quem viveu e ainda vive a Unicamp sob as forças do racismo e da discriminação.
Identidade, Religiões, Tradições
CAMA DE ESPINHO
Direção: Denis Carlos
Duração: 77‘
Brasil, 2020.

Sinopse: Rei do Índios faz uma festa onde é preparada uma cama de espinhos para os Surrupiras e entidades Indígenas deitarem. Em cima de Pai Wagner, há 49 anos ele, Pena Branca, Taquariana, Surrupirinha, Tupam, Índia Guerreira e tantos outros mantém um ritual já quase esquecido nos Terreiros de Tambor de Mina do Maranhão.
Nossas Mãos São Sagradas
Direção: Júlia Morim
Duração: 20‘
Brasil, 2021.

Sinopse: Para as mulheres do povo Pankararu, em Pernambuco, ser parteira e trazer novas vidas ao mundo por suas mãos envolve dom, coragem, respeito, ancestralidade. “Nossas mãos são sagradas” acompanha um encontro entre parteiras e aprendizes, no qual os sentidos, os significados, as relações estabelecidas e os elementos que constituem esse ofício são revelados.
Ojò Igbì
Direção: Daniele Ferreira & João Carlos Couto
Duração: 60‘
Brasil, 2020.

Sinopse: O termo Ojò Igbí relaciona-se ao ciclo ritual das Águas de Oxalá, uma das cerimônias mais importantes do candomblé. Após vários dias de preparação, os filhos de santo se reúnem para cultuar e reviver os mitos do orixá em celebrações públicas, ou xirês que evocam a presença dos deuses. De maneira geral, os orixás apresentam duas formas ou qualidades de si mesmos. No caso de Oxalá, tem-se Oxalufã, como sua versão mais velha, relacionado à força do tempo e da criação, e Oxaguiã, sua forma mais jovem, deus guerreiro, associado ao progresso e ao pilão do inhame. Anualmente, esse período comemora a renovação da vida a partir de elementos simbólicos como a água, o branco e a colheita do inhame (principal alimento do orixá). O terreiro Casa das Águas, localizado na cidade de Maricá, Rio de Janeiro, é liderado pela ialorixá Marcia de Oxaguiã. Relatos do cotidiano do candomblé e depoimentos pessoais sobre a formação do terreiro se mesclam ao ritmo das cenas cerimoniais, compondo uma visão íntima e, ao mesmo tempo, orgulhosa das tradições afro-brasileiras.
Castanhal
Direção: Marques Casara e Rodrigo Simões Chagas
Duração: 25‘
Brasil, 2020.

Sinopse: No sul do estado do Amazonas, a coleta dos frutos das castanheiras perdura por gerações de extrativistas. A riqueza da floresta é também o sustento das famílias que habitam as margens dos seus rios. Assim, enquanto o progresso do agronegócio insiste em derrubar e queimar, quem cuida das árvores centenárias teme pelo futuro da Amazônia brasileira – e da própria vida.
CASA DE FORÇA DO SANTO DA JUSTIÇA DO ORIENTE
Direção: Luiz Assunção
Duração: 12’36”
Brasil, 2021.

Sinopse: vídeo apresenta Babá Chico de Xangô (Francisco Alves de Souza), religioso de Umbanda da cidade de Natal-RN, contemplado no Prêmio Cultura Popular de Tradição – Edital 06/2020 da Fundação José Augusto (Governo do Estado do RN), Lei Aldir Blanc (Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo/Governo Federal). Nele, o Babalorixá conta sobre sua trajetória de quatro décadas dedicadas ao culto da Umbanda e as dificuldades impostas pelo novo momento pandêmico no país, estratégias e caminhos para manter viva a religiosidade afro-brasileira viva em um dos maiores bairros da cidade de Natal (RN).
A CASA E A RUA
Direção: Taise Andrade Ribeiro
Duração: 28′
Brasil, 2021.

Sinopse: Quando os quintais ganham as ruas e a espada rabisca a noite, uma decisão judicial vai de encontro a uma grande tradição. O curta faz um mergulho no universo das relações estabelecidas entre os moradores da rua da estação e a sua tradicional guerra de espadas, festejo junino proibido no município de Cruz das Almas-BA desde 2011.Um filme sobre resistência e ancestralidade, sobre a luta de um povo contra as ameaças de apagamento de sua identidade na contramão da incitada tendência ao desenraizamento e homogeneização da cultura popular.
Sou paraguaio
Direção: Wojciech Ganczarek
Duração: 92′
Polônia/Paraguai, 2019.

Sinopse: Paraguay es un país habitado por una amplia variedad de grupos étnicos. Están —por ejemplo— los distintos pueblos indígenas, los colonos menonitas, los inmigrantes europeos de los comienzos del siglo XX, o los brasileños llegados en tiempos más recientes. El documental “Soy paraguayo” recoge historias personales de 32 mujeres y hombres, de las que emerge un complejo mosaico de la realidad paraguaya en actualidad. Así mismo salen a la luz los problemas más esenciales del país: la muy desigual distribución de tierras, la deforestación desenfrenada, el uso intensivo de agroquímicos en el cultivo de la soja transgénica y el desentendimiento entre tan diferentes culturas [incluye el caso Marina Cué / Curuguatý] .
Mãe Olga de Alaketu, Uma Princesa de Ketu no Brasil
Direção: Silvana Moura
Duração: 26′
Brazil, 2020.

Sinopse: É festa de Yansã, orixá de Mãe Olga. Equipe entra no tradicional terreiro do Alaketu em Salvador. Conhecemos a história das princesas gêmeas africanas que fundaram a casa e a importância da família Aro na África e no Brasil. Mãe Olga descende dessa família, uma das fundadoras do candomblé na Bahia e com ela aprendeu a língua e a cultura dos seus ancestrais. Conversamos com seus filhos de sobre essa extraordinária mulher negra e o papel que ela desempenhou na preservação da cultura afro-brasileira.
Resistência, Meio Ambiente e Memória
Veio de Resistência
Direção: Elinaldo Rodrigues
Duração: 26′
Brazil, 2019.

Sinopse: Nos sertões de Crateús, centro-oeste do Ceará (Brasil), a luta dos povos nativos pela sobrevivência parece atrelada ao espírito de um rio, cuja resiliência espelha um ao outro. A capacidade da natureza se revigorar reflete a própria resistência humana às adversidades climáticas e injustiças sociais históricas numa das regiões mais áridas do país.
Vazanteiros
Direção: Tiago Carvalho
Duração: 25’26”
Brazil, 2021.

Sinopse: Nas margens do São Francisco vivem os vazanteiros, um povo que cultiva a beira do rio e zela por suas águas. A comunidade vazanteira de Pau Preto retomou seu território tradicional no município de Matias Cardoso (MG) em 2011. Dez anos depois, a comunidade resiste e ensina às suas crianças a sabedoria de conviver com o rio.
Senha:
Pitúa Resiste
Direção: Tawna cine en territorio
Duração: 19′
Ecuador, 2019.

Sinopse: Frente la construcción de una represa hidroeléctrica en su territorio, las comunidades kichwa de Santa Clara se defienden. ‘Piatua Resiste’ recopila el proceso de lucha y defensa jurídica del río Piatúa por parte de las comunidades originarias Kichwas asentados en el cantón Santa Clara, provincia de Pastaza frente a la construcción de una represa hidroeléctrica por parte de GENEFRAN S.A. La represa causaría graves afectaciones sobre el caudal del río Piatúa y los comuneros asentados en sus orillas, en una de las zonas más biodiversas del planeta.
Sem Chão, Sem Medo
Direção: Guilherme Escapacherri, Jefferson Mendes
Duração: 47′
Brasil, 2020.

Sinopse: Cercada por condomínios de classe média, a ocupação Povo Sem Medo do MTST existiu por menos de um ano, entre 2017 e 2018, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Encarando diariamente o preconceito e a opressão, os acampados oferecem um olhar interno da ocupação, de suas funções sociais e de sua condição humana.
Del fusil al azadón
Direção: Hever Vásquez Astaíza
Duração: 35′ 47”
Colombia, 2020.

Sinopse: A cuatro años de la firma del Acuerdo de Paz, este documental presenta las expectativas, avances y dificultades que los exintegrantes de la guerrilla de las FARC-EP han tenido durante su proceso de reincorporación a la vida civil en el municipio de Caldono – Cauca, Colombia.
Voices of the land
Direção: Facundo Emanuel Soto
Duração: 45′
Argentina, 2020.

Sinopse: The voice of the native people was silenced, denied and even stolen by the claws of colonization for more than five centuries. This documentary seeks to be one more way to continue and join the struggle of these peoples (in this case from the province of Jujuy) who seek to resist oppression in order to express their history, keep their culture alive and defend their territory and rights.
WeWe
Direção: Maria de Fátima de Albuquerque Caracristi – Carlos Fernandes Franco – Célio Roberto Souza
Duração: 15′
Brasil, 2021.

Sinopse: O filme conta a história da etnia Krahô na aldeia Takywará, que habita a Lagoa da Confusão, no Estado do Tocantins. O povo migrou de Itacajá, fugindo de conflito sangrento com fazendeiros da região. No Tocantins, durante a ocupação das terras houve dissidência com os Krahô-Canela, sem terras, os Krahô de Takaywrá, aguardam desde o ano de 2006 que a FUNAI demarque a área para que possam reorganizar e manter viva a tradição e as vivências étnicas do povo krahô, enquanto isso não ocorre, testemunham a expansão do agronegócio nas bacias do rio Formoso.
Era uma vez um povoado. – A historia de Caimanes.
Direção: Matías Palma, Carolina Soltmann, Daniel Cerda e Santiago Jara.
Duração: 77′
Chile, 2021.

Sinopse: Era uma vez um povoado no interior dos Andes, onde todos falavam com os outros e viviam em comunidade, organizando-se para obter água potável e eletricidade sem ajuda de nenhum governo. Mas um dia, a cabeceira do vale foi comprada por uma grande mineradora. 17 habitantes Caimanes contam como era o paraíso em que viviam, como foram enganados, como ficaram sem água e como a ganância e a traição se estabeleceram entre eles. Como mataram o seu vale e como a vida em comunidade deixou de existir. Esta é a história de uma pequena comunidade que confrontou um gigante, esta é uma história que mostra como o poder econômico sempre vence em um país como o Chile.
De Meiembipe a Chuquisaca
Direção: Carolina Borges de Andrade
Duração: 25′
Brasil, Paraguai e Bolivia, 2019.

Sinopse: O curta “De Meiembipe a Chuquisaca: a descoberta do Império Inca” conta e revive a aventura épica do navegador Aleixo Garcia, depois de naufragar na atual ilha de Santa Catarina, em 1516. A saga do navegador Aleixo Garcia depois de um naufrágio ocorrido no litoral de Santa Catarina acabou se transformando numa grande história que muitos catarinenses nem conhecem. E a oportunidade de ficar por dentro dessa que é considerada uma das maiores aventuras experienciadas por um europeu em solo brasileiro nos tempos das grandes navegações chega, agora, com um curta assinado pela cineasta Carolina Borges de Andrade. A história começa no verão de 1516, quando Aleixo Garcia, um dos sobreviventes do naufrágio de uma embarcação espanhola em Meiembipe, atual ilha de Santa Catarina, percorre a pé, na companhia de centenas de guaranis, a principal transcontinental indígena do Cone Sul, o Peabiru, que se conectava ao Khapac Ñan, a rede de estradas incaicas, na Cordilheira dos Andes. O encontro de Aleixo Garcia com os incas desencadeou uma verdadeira “corrida da prata”, com Florianópolis no epicentro dessa aventura, antes da colonização oficial do Brasil por Portugal.
Raiz Farinha Beiju
Direção: Patrícia Pinheiro
Duração: 9’44”
Brasil, 2021.

Sinopse: O filme aborda, percorrendo os tortuosos e pouco lineares caminhos da memória, como o espaço da única casa de farinha ainda em funcionamento na comunidade quilombola de Mituaçu, no litoral sul da Paraíba, é ou foi utilizado. Certas memórias de sofrimento são acionadas, relacionando uma multiplicação da farinha à escassez de outros produtos, ao mesmo tempo que lembram de parentes e momentos alegres de trabalho coletivo e união.
Pandemia e tensões do presente
Dois Irmãos
Direção: Yuri Prado
Duração: 32′
Brasil, 2021.

Sinopse: A cada 27 de setembro, Julio Valverde e sua família realizam um caruru de Cosme e Damião no Soteropolitano, restaurante de comida baiana localizado em São Paulo. Ao longo de 25 anos, a promessa de oferecer essa festa foi cumprida. Será ela capaz de resistir aos impactos da pandemia? O filme aborda ainda questões como a afirmação da identidade baiana na metrópole paulista; a descoberta da religiosidade; a oferta de refeições como uma atitude antiutilitarista; e os desafios da manutenção do Soteropolitano como localidade.
Tempo de Derruba
Direção: Gabriela Daldegan
Duração: 30′
Brasil, 2021.

Sinopse: A 1km do Congresso, do STF e do Palácio Presidencial, cerca de 34 famílias vivem na Ocupação CCBB, desde a década de 80 – sempre na luta por moradia digna. Em meio à crise sanitária nacional e à pandemia global da covid-19, o governo promove sucessivos despejos considerados ilegais em razão da Lei Distrital nº 6657/2020, de agosto de 2020. O Estado, que deveria prestar assistência à população vulnerável, destrói todos os barracos e a Escola do Cerrado, construída e mantida por ativistas voluntários. Além disso, viola o direito à moradia, saúde e educação das famílias e as impede de exercer a profissão de catadoras de materiais recicláveis. Vindos de longas trajetórias de luta e resistência em um país que os invisibilizam, os moradores contam suas trajetórias, rascunham seus sonhos e denunciam a crueldade do Estado.
Meu Nome é Saudade
Direção: Ana Graziela Aguiar
Duração: 4′
Brasil e Cuba, 2021.

Sinopse: A pandemia do novo coronavírus surpreende o mundo. Em Cuba, em uma fazenda do interior do país, estudantes de cinema ficam isolados por causa do vírus. “Meu nome é saudade” nos convida a vivenciar esta quarentena a partir das despedidas e da tristeza de um sonho interrompido.
Devoção D’Abadiinha
Direção: Lucinete Morais e Thaynara Rezende
Duração: 10’56”
Brasil, 2020.

Sinopse: Devoção D’Abadiinha é um filme de bolso, etnobiografico que apresenta a derradeira voz da foliã e devota Abadiinha durante a pandemia em que as manifestações populares estão suspensas.
Vaga-Lume de Prata
Direção: Thales Pessoa
Duração: 28′
Argentina, 2020.

Sinopse: Diante da possibilidade de uma mudança de governo nas eleições argentinas de 2019, Adrián, um pescador que mora às margens do Río de la Plata, cultiva a esperança de retomar uma vida mais digna.
Gaz
Direção: Helen Lopes
Duração: 30′
Brasil, 2020.

Sinopse: Gaz é um curta-metragem tocantinense que retrata o cotidiano de José Francisco morador de rua e coletor de material reciclável em Palmas, capital do Estado. Maranhense de 58 anos, Gaz é o narrador de sua própria estória, sem meias palavras joga luz na escuridão da noite solta. Percorrendo o eixo monumental da cidade, da Praça dos Girassóis à Praia da Graciosa em sua bicicleta cargueira leva latinhas e uma trajetória nas ruas da cidade que remontam a abril de 1990, quando chegou neste chão ainda de piçarra. Na ausência da coloração fílmica que entrega relances e sombras, acomoda nas lentes e microfone as nuances desse tipo de existência. Para o senso comum é imaginável que da prática de revirar lixo se possa extrair ensinamentos, como a ética da rua que se equilibra entre diálogo e violência, a experiência da solidão ou da ação que combate a predação do meio ambiente. Do tilintar do alumínio à distorção sintética da trilha sonora, Gabiroba Filmes entrega mais esse soco, sente e prepare a musculatura.
Medicine Woman
Direção: Daiana Rosenfeld
Duração: 71′
Argentina, 2020.

Sinopse: 40-year-old Fedra Abrahan has been traveling to Peru to learn from native medicine men for 7 years now. However, this trip is different, her father has just died and she decides to mourn him in the Amazon jungle undergoing several healing, cleansing and purifying rituals with medicine plants, as well as fasting and searching for visions. The process is difficult, but she is willing to push through to become a medicine woman.
A santa do peixe – lenda e artesanato
Direção: Izabelle brum
Duração: 28′
Brasil, 2020/2021.

Sinopse: Existe um artesanato que é exclusivamente típico do município angrense, a produção de santinhas a partir de um osso específico da base da cabeça do peixe conhecido como cavala. O osso exibe uma incrível similaridade com a representação imagética de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Angra dos Reis. Há também uma citação ao mesmo peixe na lenda que explica a relação da santa com o município.
Curva Sinuosa
Direção: Andréia Pires
Duração: 20’41”
Brazil, 2021.

Sinopse: Essa parte das coisas, indissociavelmente exposta em 2021 por Jessica Teixeira, a qual, em sua coluna nomeada Almanaque dos ossos, entendeu que, quando Arquimedes corria e gritava nu na sua sala arredondada a palavra EUREKA, produzia algo equivalente a um buraco nos pulmões, um perigo no presente ou um surto na certeza. Essa visão das coisas, possivelmente não é partilhada por todas as pessoas do planeta. Enfim.